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Foto do escritorVera Moreira Comunicação

Digital ou Tradicional?

*Fernando Stacchini, Carla Guttilla e Paola Lorenzetti

Caso seu orçamento possibilitasse apenas uma das opções, onde você ou sua empresa prefeririam divulgar seus produtos e serviços? Na mídia impressa tradicional (jornal, revista etc.) ou na mídia digital? Ou mesmo se as duas opções fossem financeiramente viáveis, você gastaria dinheiro na impressão de milhões de folhetos que serão distribuídos no farol e – possivelmente – cinco minutos depois jogados pela janela? Ou preferiria fazer essa divulgação através de anúncios no Facebook – uma forma mais econômica e sustentável?

Claro, cada produto ou serviço possui consumidores próprios, que por sua vez possuem formas distintas de serem atingidos. Em regra, um anúncio no jornal atinge mais facilmente um senhor de setenta anos a procura de um carro usado e um post no Instagram alcança mais os jovens em busca de roupas e novas tecnologias.

O fato é que, de acordo com a última previsão do eMarketer, 2019 é o ano em que o dinheiro gasto em publicidade digital finalmente ultrapassará os gastos com anúncios tradicionais. Conforme a empresa, o investimento em publicidade digital dos EUA aumentará 19,1% este ano, enquanto a publicidade tradicional cairá 19%. Isso significa que o digital representará 54,2% do total, enquanto o tradicional representará apenas 45,8%.

Nesse cenário, surge a pergunta: porque as moedas digitais ainda não estão também substituindo a moeda “tradicional”? De acordo com informações da Bloomberg, o Facebook está criando uma criptomoeda que permitirá aos usuários transferir dinheiro via WhatsApp. A ideia é criar uma concorrente da bitcoin, partindo do princípio da stablecoin – um tipo de moeda digital atrelada ao dólar americano, que garante maior estabilidade se comparada com a bitcoin.

Muito embora o Facebook ainda esteja longe de liberar a moeda, já foi divulgado que a Índia será o primeiro mercado a contar com tal novidade. Além de liderar o ranking mundial de remessas financeiras, a Índia conta com mais de 200 milhões de usuários do WhatsApp. Fato que talvez explique o pioneirismo do mercado indiano na nova moeda digital.

Diante disso, percebe-se que tudo está naturalmente se encaminhando para o digital e deixando o “tradicional” para trás. Imagine quando essa moeda via WhatsApp se tornar disponível pra todo mundo. Se tornará mais fácil ainda usar dos meios digitais através dos próprios meios digitais.

*Fernando Stacchini, Carla Guttilla e Paola Lorenzetti são, respectivamente, sócio e advogadas do Motta Fernandes Advogados – www.mottafernandes.com.br

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