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Livro "O Caso Senna" revisita julgamento histórico e expõe as falhas jurídicas e técnicas que marcaram o processo da morte de Ayrton Senna

  • Foto do escritor: Vera Moreira Comunicação
    Vera Moreira Comunicação
  • 31 de out.
  • 2 min de leitura

a obra do jornalista italiano Nicola Santoro revela os bastidores do caso que dividiu tribunais na Itália e reacende o debate sobre o alcance da Justiça diante da complexidade técnica das provas periciais


O livro O Caso Senna, escrito pelo jornalista e escritor italiano Nicola Santoro, chega ao público brasileiro trazendo uma análise minuciosa do processo judicial que investigou as responsabilidades pela morte do tricampeão Ayrton Senna, ocorrida em 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola.


Santoro acompanhou o julgamento desde a fase inicial, realizado no Tribunal de Bolonha, que teve como réus Frank Williams e Patrick Head, diretor técnico da equipe Williams, acusados de homicídio culposo. O promotor Maurizio Passarini sustentou a tese de que uma modificação na coluna de direção do carro FW16 teria sido a causa determinante do acidente.


A defesa, conduzida pelos advogados Oreste Dominioni e Roberto Causo, rebateu os argumentos, afirmando que a ruptura da peça ocorreu com o impacto e não antes dele, e que não havia nexo causal comprovado entre a falha técnica e o acidente fatal.


Ao longo do processo, o autor destaca uma sequência de inconsistências e lacunas jurídicas: trechos de filmagem ausentes, falhas nos dados da central eletrônica (“black box”), laudos periciais contraditórios e versões técnicas divergentes sobre a mesma evidência.


Essas fragilidades processuais levaram à absolvição dos réus em primeira instância, em 1997. Contudo, em 2001, a Corte de Apelação de Bolonha reformou parcialmente a decisão, reconhecendo a culpa técnica de Patrick Head — embora o crime tenha sido declarado prescrito, impedindo o cumprimento de pena. Em 2007, a Corte de Cassação encerrou definitivamente o caso.


Para Santoro, o julgamento de Senna expôs os limites da Justiça quando confrontada com a complexidade da engenharia e os interesses da indústria automobilística.


“O que mais me indignou foi perceber como a verdade pode se diluir entre laudos, traduções e interesses. A Justiça fez o seu caminho formal, mas o que ficou ausente foi a resposta que o mundo esperava — uma explicação clara, sem sombras”, afirma o autor.


Com uma narrativa que mescla rigor jornalístico e análise jurídica, O Caso Senna transcende o universo do automobilismo. É um estudo sobre as fronteiras entre verdade técnica e verdade judicial, um retrato das falhas sistêmicas que desafiam a efetividade da Justiça diante da incerteza científica.


“O Caso Senna não é apenas sobre corrida — é sobre justiça, sobre o peso da dúvida e sobre a fragilidade da verdade quando ela depende de uma perícia, de um relatório ou de um silêncio”, conclui Nicola Santoro.

 

LINHA DO TEMPO DO JULGAMENTO

Ano

Fase processual

Decisão / destaque

1994

Investigação preliminar

Promotor Maurizio Passarini inicia inquérito sobre o acidente em Ímola.

1997

Julgamento – 1ª instância

Tribunal de Bolonha absolve os réus por insuficiência de provas.

2001

2ª instância (Corte de Apelação de Bolonha)

Reconhecida a culpa técnica de Patrick Head; crime declarado prescrito.

2007

Corte de Cassação Italiana

Confirma a prescrição e encerra o processo.

 

 FICHA TÉCNICA

  • Título: O Caso Senna

  • Autor: Nicola Santoro

  • Gênero: Jornalismo investigativo / Crônica jurídica

  • Tema central: análise do processo judicial sobre a morte de Ayrton Senna

  • Exclusivo na Plataforma Amazon – nos idiomas italiano, inglês e português

 

Vera Moreira/ Assessora de Imprensa (11) 3253-0729 e 99989-6217  vera@veramoreira.com.br

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