Na abertura da 1ª Conferência de Governança da Informação para o Mercado Jurídico, José Paulo Graciotti apresentou informações sobre automação, softwares de gerenciamento e compilação de dados, além da tendência para o mundo jurídico – advogados vão precisar aprender como usar recursos da inteligência artificial para ser eficientes e ter reconhecimento do cliente.
E essa tese foi explicada por Patrick DiDomenico, diretor de Gestão do Conhecimento do escritório americano Ogletree, Deakins, NSH, Smoak& Stewart (sede em New York e filiais em 50 estados americanos) e autor do livro “Knowledge Management for Lawyers” que mostra como um escritório de advocacia vai se manter frente a concorrência.
José Paulo Graciotti e Patrick DiDomenico na 1ª Conferência de Governança da Informação para o Mercado Jurídico | Foto: Vera Moreira
“O cliente quer resolver seu problema legal, que impacta em sua atividade de negócios, mas busca eficiência, quantidade e qualidade com preço razoável. Como resolver? Desenvolvendo procedimentos e uso das ferramentas de KM (Knowledge Management) para integrar os profissionais do escritório, as fontes do conhecimento específico e engrenar todos para reduzir tempo de elaboração de documentos, por exemplo; ser ágil na solução da dor do cliente, mostrar como reduziu custos e isso vai criar valor do seu trabalho para o cliente”, explicou Patrick DiDomenico para uma plateia de 170 advogados.
Claro que os advogados perguntaram sobre cobrança de honorários e de serviços paralegais, mas a relação é muito simples de entender – escritórios que investem em tecnologia da informação e treinam suas equipes para lidar com todo conhecimento, conseguem atender o cliente com agilidade e impactar positivamente na solução do problema.
O CCO para as Américas da empresa DHL, Mark Smolik, mostrou como conseguiu reduzir o serviço jurídico de 348 escritórios de advocacia no mundo para 19 em menos de dez anos. “Eu não conseguiria administrar mais de três centenas de escritórios com uma equipe interna de sete advogados, mas montei uma tabela simples com dez itens de desempenho e cruzei com o valor pago. Muitos escritórios entenderam que queríamos ter a melhor performance pelo custo mais justo. O resultado foi que algumas firmas tiveram aumento de faturamento pela alta performance. Meu conselho é que todos os escritórios de advocacia entendam que pensem como empresários, porque estão sendo constantemente avaliados e hoje há muitas firmas competitivas”, concluiu.
Mark Smolik ainda mostrou como startups americanas, como a QualMetLegal, têm desenvolvido softwares de métricas de desempenho para que as empresas, no pós-recessão de 2008 nos Estados Unidos, tenham informações para a decisão de contratação.
Mark Smolik, DHL na 1ª Conferência de Governança da Informação para o Mercado Jurídico | Foto: Vera Moreira |
“No Brasil não é diferente. Muitos escritórios de advocacia estão sendo avaliados pelas empresas multinacionais que estão adequando custos. Antigamente os advogados impunham o preço de seus honorários, hoje as empresas dispõem de orçamentos para solução legal. O que é melhor é poder pagar bônus por desempenho e ter um cliente impactado positivamente pela eficiência”, concluiu Smolik. A DHL está em 22 países e tem no Brasil seu maior depósito, um armazém de 2 milhões de m².
1ª Conferência de Governança da Informação para o Mercado Jurídico
Fonte: José Paulo Graciotti, consultor e fundador da Graciotti Assessoria Empresarial
Vera Moreira Comunicação/Assessoria de Imprensa (11) 3253-0729 – veramoreira@veramoreira.com.br
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