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Foto do escritorVera Moreira

Paciência e persistência

Atualmente, a prática de uma atividade física e, mais especificamente a prática da corrida, é mais do que uma necessidade, é uma busca pelo entusiasmo e pelo prazer.

Para manter a regularidade da prática de qualquer esporte ou atividade física é preciso sentir prazer. E, depois de experimentar inicialmente uma rotina disciplinada, algum tempo depois a corrida se torna um vício saudável.

Apesar de perceber seus benefícios, muitas vezes, nos empolgamos e acabamos exagerando na dose. Temos que estar atentos à quantidade de esforço. Tudo que é demais passa a nos prejudicar.

Joseph Pilates criou o seu método de condicionamento físico na justa medida de exercício e descanso, de vigor e relaxamento, sem deixar de lado a saúde e o prazer tanto físico como mental.

Observando a natureza, e seus ciclos de oposição e renovação, organizou em suas séries de exercícios uma sequência com ritmo, intercalando esforço e descanso, contemplando o treinamento de todos os músculos do corpo durante o tempo de uma aula.

Da observação dos animais incorporou a maneira natural de se movimentar, com alongamentos constantes, emprestando dos mesmos muitos movimentos que são praticados tanto no trabalho de solo como nos aparelhos.

Joseph Pilates dizia que sempre que possível, devemos nos exercitar em contato com a natureza, expor o corpo ao sol e desenvolver tanto o corpo quanto a mente simultaneamente.

A corrida, aliada ao Pilates, com certeza vai nos proteger de excessos e trazer ganhos tanto para a saúde quanto para o desempenho.

Todo esse esforço de treinamento e exercício só é realmente satisfatório se, no dia-a-dia, pudermos estar mais integrados, vitalizados e conscientes de cada atitude, de cada ação nossa no mundo.

Sabemos que, principalmente para quem vive nas grandes cidades, não é fácil alcançar o ideal grego de um corpo são numa menta sã. É necessário um “quê” a mais de esforço para procurar os parques, muitas vezes escassos e distantes de nossa rotina diária.  Buscar respirar um ar mais saudável, longe dos carros e do barulho, procurar um horário e um local seguro para se exercitar e ainda encaixar tudo isso dentro da sua rotina de trabalho e família.

Com, certeza os gregos nossos mestres, foram privilegiados, mas não temos outra escolha senão nos esforçar para chegar ao menos perto de integrar todos esses aspectos se desejamos uma vida equilibrada, produtiva e mais feliz.

Entusiasmo e prazer – sensações que o praticante de Pilates experimenta assim que compreende que há uma maneira carinhosa, porém vigorosa de trabalhar o corpo. Um método exigente e preciso, que solicita do praticante sua total atenção, concentração e entrega.

Joseph Pilates dizia que ao mesmo tempo em que se obtinha um controle da mente sobre o corpo ao estimularmos milhares de células musculares inativas, o mesmo acontecia com o cérebro, ativando novas áreas e estimulando um maior funcionamento da mente.

Como dizia Joseph Pilates: “Com o corpo, a mente e o espírito funcionando perfeitamente como um todo, o que mais se poderia esperar além de uma pessoa ativa, atenta e disciplinada? Mais que isso, um corpo livre de tensão nervosa e do cansaço excessivo é o abrigo ideal oferecido pela natureza para manter uma mente equilibrada, que é sempre capaz de enfrentar os problemas da vida moderna. A aquisição e o aproveitamento do bem-estar físico, da calma mental e da paz espiritual não tem preço para seus possuidores, isso se houver alguém tão afortunado entre nós nos dias de hoje“.(Joseph Pilates, do livro A obra completa de Joseph Pilates – pág 137).

O condicionamento físico, o bem-estar e a saúde. Essa integração depende de muita paciência e persistência – essa é a receita do mestre, já que: “Roma não foi feita em um dia”!  Então mãos a obra, vamos despertar o “grego” escondido dentro de cada um de nós!

Bons treinos!

Suely Tambalo é educadora física, professora do CGPA Pilates.

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