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Conferência Ethos no Nordeste debateu soluções concretas para a economia e meio ambiente

  • Foto do escritor: Vera Moreira Comunicação
    Vera Moreira Comunicação
  • 17 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

A primeira Conferência Ethos 360º, dia 15 de outubro em Recife, apresentou iniciativas que fazem sentido na recuperação da economia da região incluindo a sustentabilidade, igualdade, integridade e meio ambiente.

Há 21 anos, o Instituto Ethos, trabalha com as empresas e em diversas frentes de atuação, mobilizando vários setores, como parcerias e projetos da economia criativa, como o  “Vozes da Moda”, aplicado no agreste, na segunda maior cadeia têxtil do Brasil.

“Produzir soluções comuns para questões comuns. O Ethos foi uma das organizações, talvez a principal, por assumir o compromisso em liderar uma atuação empresarial no programa Fome Zero. Uma das iniciativas mais impactantes foi a criação de cisternas, na região do semiárido. Na época conseguimos uma parceria na FEBRABAN que viabilizou a construção de 25 mil cisternas. Isso aconteceu em 2004/2005, uma experiência que marcou o Ethos quanto a importância de parcerias para construção de algo em prol da sociedade. É importante abrir o diálogo com o Consórcio do Nordeste e ir além de soluções individuais. Há questões que enumeram os vários benefícios dessa união entre os estados”, afirmou Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos.

Mulheres

Um dos temas mais relevantes da Conferência Ethos foi o risco ambiental com o vazamento de petróleo no litoral nordestino. No painel: Saúde dos oceanos e a economia nordestina: turismo, pesca e conservação”, Iran Campello Normande, biólogo analista ambiental do ICMBio – RESEX Marinha da Lagoa do Jequiá – AL, disse: “Eu nunca tinha presenciado um problema tão sério em nossa praia. Agora, na linha de frente, estamos tentando mitigar os impactos”. Já o  professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, Mauro Maid, usou de uma analogia para destacar que o vazamento de petróleo também compromete a qualidade do ar nos oceanos: “os Recifes de Corais funcionam como um motor, com várias peças, cada uma importante para que o motor funcione e a qualidade do ar também deve ser considerada”.

Saúde dos oceanos

Na agenda de clima, Crise climática em pauta na Declaração do Recife: uma ação para a implementação da NDC brasileira foi o painel que abordou o papel da empresa, do governo e do cidadão comum, para mitigar riscos ao meio ambiente e à vida na Terra.

Ricardo Abramovay, professor do departamento de Economia da FEA/USP, falou sobre a redução das emissões de gases. “Isso é muito difícil por exigir diversas ações”. A abordagem do professor considerou a mudança na matriz energética, no sistema produtivo e a atuação responsável por parte das empresas. Flávia Bellaguarda, assessora de mudança do clima do ICLEI observou que “o pior são os que sabem o que está acontecendo e não se mobilizam para fazer algo. O desafio de todas as organizações que agem nesse processo é descobrir o canal para engajar as pessoas. Eu sonho o dia que todas as pessoas que agem em sustentabilidade e na mudança do clima, vão agir de acordo com o que elas defendem”. E quem se mobiliza também deve ser reconhecido, como lembrou Rodrigo Wanderley, gerente do programa Amigo do Clima da WayCarbon: “medir o impacto financeiro é importante, mas também, que o público em geral precisa reconhecer as empresas que estão envolvidas e mudando sua atuação para se encaixar nesse processo”.

As consequências da mudança do Clima serão amplamente debatidas em outra ação conjunta do Instituto Ethos de 6 a 8 de novembro, também em Recife, na Conferência Brasileira de Mudança do Clima.

Crise climática

E muitas soluções foram apresentadas, como os negócios e o uso sustentável da biodiversidade da caatinga que apresentou a variedade de produtos da caatinga, seja para alimento ou para medicina. “Mesmo com muita dificuldade plantam o milho, o feijão… têm a criação de gado, apicultura, exportação de manga e uva e tantas outras ações, que poucos sabem, mas são produções do Nordeste. O bioma nordestino merece ser considerado prioritário para a pesquisa científica”, ressaltou  Gabriel Alves Maciel, diretor de pesquisa e desenvolvimento do Instituto Agronômico de Pernambuco.

“A gente foi educado acreditando que era verdade que o Nordeste está inserido num quadro de pobreza. Penso que isso é uma inverdade, implementada para atender a outros interesses. O local onde residem 27 milhões de pessoas não pode ser ruim”, disse Sebastião Alves dos Santos, coordenador de Inovação e Pesquisa Tecnológica do Sertão (Serviço de Tecnologia Alternativa).

Biodiversidade da caatinga

Outros assuntos relevantes foram debatidos como: empregabilidade, empreendedorismo e oportunidades no ecossistema da economia digital nos parques tecnológicos, a inclusão de mulheres no campo da tecnologia, Programas de integridade corporativos .

Vera Moreira/ Assessora de Imprensa/ tel (11) 3253-0586/ 99973-1474 vera@veramoreira.com.br

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